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Inscrições abertas de 03/05/2018
a 18/06/2018
às 23:59
Samba pra Elas é uma roda de samba protagonizada por mulheres, formada por musicistas e intérpretes experientes e da nova geração.
Descrição
APRESENTAÇÃOSamba Pras Moças é uma roda de samba protagonizada por mulheres, formada pelas Musicistas: Bruna Medeiros (cavaquinho), Juliana Barcelos (tantan), Verônica Inácio (pandeiro) e Rayane Abranches (surdo); e Cantoras: Dorkas Nunes, Cyara Santos,
Tereza Cristina, Sol Pessoa, Monique Rocha e Micheli Montalvão.
A proposta é montar uma estrutura de roda de samba, na área aberta do Museu do Negro, como consta no mapa de palco, onde artistas e público possam interagir como acontece de fato em uma tradicional roda de samba, com um repertório formado com composições interpretadas por sambistas que fizeram história, onde cada cantora convidada representará uma dessas sambistas, sendo:
Dona Ivone Lara interpretada por Dorkas Nunes
Clementina de Jesus interpretada por Cyara Santos
Jovelina Pérola Negra interpretada por Tereza Cristina
Alcione interpretada por Sol Pessoa
Clara Nunes interpretada por Monique Rocha
Beth Carvalho interpretada por Micheli Montalvão
A roda, contará ainda com várias participações de mulheres que fazem parte do universo do samba, como Baianas, Passistas, Rainhas e Madrinhas das Escolas de Samba.
Na parte da entrada do edifício, teremos Baianas do Carnaval Capixaba, recepcionando o público, lhes dando boas vindas. As Baianas também ficarão a vontade para dançarem entre os transeuntes, animando ainda mais a roda de samba. Além das Baianas, também teremos Passistas, fazendo performances no decorrer do evento. Daremos preferência em convidar as Baianas e Passistas das duas escolas mais tradicionais e antigas do estado e que estão localizadas no entorno do Museu do Negro no Centro de Vitória, sendo Novo Império e Unidos da Piedade. Mas para que todas as outras escolas se sintam representadas, faremos o convite a todas as mulheres integrantes das agremiações da Grande Vitória, dando destaque as Rainhas e Madrinhas, para que essas possam se fazer presentes e representar suas respectivas escolas, sendo anunciadas e convidadas a participar da roda.
Teremos ainda, cartazes colocados em toda área que acontecerá o evento, com o título: Você Sabia? Contando a história das mulheres que foram pioneiras no mundo do samba e a contribuição dessas mulheres para a construção desse gênero musical.
JUSTIFICATIVA
Conhecido como o estado que mais mata mulheres no Brasil, o Espírito Santo tem o machismo impregnado em várias áreas da sociedade, e no mundo do samba não seria diferente. Nós mulheres sambistas, vimos o preconceito velado, em um universo tão masculino, onde as mulheres muitas vezes não são lembradas e até mesmo ignoradas nas chamadas rodas de samba e no mercado musical como um todo, tendo que batalhar muito para conseguir um espaço.
Esse cenário contradiz com toda a história do nascimento do samba, onde as mulheres foram protagonistas e divisoras de águas para que o ritmo chegasse até os dias de hoje, como Tia Ciata, que teve sua casa como reduto e berço para que o samba nascesse e se propagasse em todo o Brasil. Foi em sua casa que foi composto o primeiro samba, e foi lá que os primeiros artistas, na sua maioria homens, surgiram. Tia Ciata representa todas as tias baianas que até hoje perpetuam a tradição dentro e fora das escolas de samba, como Tia Surica, Tia Vicentina, que são verdadeiras matriarcas que recebem em seus redutos, sambistas e amantes do samba em grandes rodas. Contam que inclusive, nos primórdios das escolas de samba, um enredo só pegava se tivesse aval das tias baianas. Mais a frente, na década de 30, teremos Carmem Miranda, a grande artista brasileira que protagoniza o surgimento e expansão do mercado fonográfico no Brasil, sendo a primeira grande representante do samba, levando ele pra o mundo através dos filmes de Hollywood.
E mais na atualidade, temos Clara Nunes, que foi a primeira artista de samba a vender um número significativo de discos desse ritmo, rebatendo em 1974 com mais de 300 mil cópias o cantor Roberto Carlos, que até então era o artista que vendia mais discos no Brasil, com isso, Clara Nunes, abre o mercado não só para as demais cantoras, mas também para os homens e para o gênero musical, encabeçando o chamado ABC do samba formado por Alcione, Beth Carvalho e Clara Nunes.
OBJETIVO
Samba Pras Moças, vem para reafirmar a importância da mulher na trajetória do samba e fazer com que ela continue sendo protagonista nos dias de hoje, tanto nas rodas, como no mercado musical, trazendo a tona também, a questão do respeito às raízes do samba, visto que, o projeto será apresentado no Museu do Negro, por cantoras afro-descendentes, interpretando sambistas negras, e tendo ainda a participação de integrantes das escolas de samba, berço da cultura afro brasileira. Sendo assim, Samba Pras Moças, traz para o MUCANE, uma proposta de ocupação, condizente com o imóvel da prefeitura, sendo este, um local de propagação da cultura negra.
E por todos esses motivos, o projeto se mostra inovador no cenário local, trazendo para o Viradão Cultural capixaba, o conceito visto nos outros Viradões que acontecem em todo Brasil, que é o conceito de diversidade, empoderamento e respeito, fazendo assim, que todos os gêneros se sintam valorizados
FICHA TÉCNICA
CANTORAS:
Dorkas Nunes
Cyara Santos,
Tereza Cristina
Sol Pessoa
Monique Rocha
Micheli Montalvão.
MÚSICOS:
Bruna Medeiros - Cavaquinho
Juliana Barcelos - Tantan
Verônica - Pandeiro
Rayane Abranches - Surdo
Willis Lilinho - Violão 7 cordas
BAIANAS
03 – Unidos da Piedade
03 – Novo Império
PASSISTAS
03 – Unidos da Piedade
03 – Novo Império
DIREÇÃO MUSICAL:
Bruna Medeiros
PRODUÇÃO:
Monique Rocha
PRODUÇÃO EXECUTIVA:
Jean Carlos Buquer
TÉCNICO SOM:
Igor Fernandes
ACESSORIA BAIANAS E PASSISTAS:
Rita Sueli
MATERIAL GRÁFICO:
Carolina Teixeira
FOTOGRAFIA:
Márvila Araújo
FIGURINOS:
Cacau Modas
