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Museu artístico histórico. Guarda obras, objetos pessoais e documento do artista plástico, Homero Massena.
Email: museuhomeromassena@vilavelha.es.gov.br
Telefone Público: (27) 3388-4311
Endereço: Avenida Antônio Ferreira de Queiroz, 281 , Prainha, 29100-180, Vila Velha, ES
CEP: 29100-180
Logradouro: Avenida Antônio Ferreira de Queiroz
Número: 281
Complemento:
Bairro: Prainha
Município: Vila Velha
Estado: ES
Descrição
O Museu Ateliê Homero Massena tem por finalidade guardar, divulgar e valorizar a vida e obra do artista. Está amparado pelo Decreto nº 038/1986.Homero Massena nasceu em 04 de março de 1884, em Barbacena, Minas Gerais. A mãe Magdalena, era mineira e o pai, Alfredo, um industrial capixaba. Aos dois meses de idade veio para o Espírito Santo com a família, onde viveu até os 12 anos.
Em 1907 casou-se pela primeira. Viúvo , em 1946, Massena casou-se com Adelina, a quem chamava de Edy. Esta veio a ser sua grande companheira e admiradora de sua obra.
Massena estudou em São Paulo e cursou Belas Artes no Rio de Janeiro. Aos 22 anos recebeu um prêmio de viagem a Paris, onde esteve durante 10 anos, em três períodos. Para isso recebeu ajuda do Governador de Minas Gerais, João Pinheiro. Estudou pintura, urbanismo e paisagismo com mestres franceses, o que lhe valeu ganhar a vida no Brasil. E foi o paisagismo que influenciou fortemente suas obras.
Após os anos que morou na Europa e em Capitais do leste do Brasil, Massena retornou ao Espírito Santo para inaugurar a Escola de Belas Artes, atual Centro de Artes da UFES, a convite do Governador Jones dos Santos Neves, sendo nomeado Diretor da Escola.
Mais tarde demitiu-se do cargo e aposentou-se como professor.
Mas não foi só da pintura que viveu Homero. Foi Repórter e Redator Politico dos Jornais “A Tarde, Jornal do Comércio, O Raiz, A Batalha, Estado de São Paulo e O Combate”. Foi o jornalismo que o levou a política.
Participou da Campanha Civilista de Rui Barbosa, como 1º Tenente do Exército e por causa disso teve sua expulsão decretada pela ditadura, fato que nunca se efetivou. Passada a ditadura, ele foi nomeado prefeito de Bonfim, no interior de Minas Gerais, com uma administração que lhe valeu uma carta do Interventor Federal do Estado, chamando-a de “Honrosa e Progressiva”.
Mesmo tendo vivido em diversas cidades, Massena escolheu Vila Velha como sua cidade definitiva. Tornou-se cidadão Espírito-santense e Vilavelhense por títulos recebidos e costumava dizer que “Para se viver bem tem que ser em Paris ou Vila Velha”. Ele morou 23 anos com sua esposa D. Edy, na Prainha em Vila Velha, até sua morte em outubro de 1974.
A ex-residência do artista foi tombada e é hoje o “Museu Ateliê Homero Massena”. O museu foi o grande sonho de D. Edy, que até seu falecimento, em julho de 1986, fez tudo para conservar as obras de Massena, esperando que seu sonho se concretizasse.
O acervo do museu conta com telas á óleo que retratam cenas do estado, peças de sua oficina, onde ele mesmo confeccionava suas telas e molduras, mobiliário, peça de decoração, documentos e fotos.
Nas suas telas os motivos frequentes são árvores, caminhos de barro, gente simples de pés descalços, praias e barcos. Além do Convento da Penha, sua grande fonte de inspiração.
Seu êxito como pintor, deve-se a exposições nas principais cidades brasileiras e a aquisição de seus quadros por Presidentes da República: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck e Jânio Quadros, Governadores de Estado, Embaixadores e Prefeitos.
Ele pintava desde os 15 anos de idade e deixou uma obra monumental, suas mais de dez mil telas estão espalhadas pelo Brasil. As pinceladas impressionistas do artista, aparentemente, demonstram despreocupação com o primeiro plano e explodem em pinceladas que proporcionam ao expectador imagens diferentes dependendo da distância em que contempla a obra.
Dentre os seus trabalhos, destacamos as decorações de interiores no Salão Nobre do Palácio Guanabara e na Sala de Imprensa do Palácio do Catete, ambos no Rio de Janeiro, no Palacete Bias Fortes, em Barbacena MG, painéis no Salão de Jantar do Automóvel Clube, em Campos RJ, e execução parcial do painel do teto do Teatro Carlos Gomes em Vitória ES. Temos ainda a tela “Solidão”, que se encontra no Saguão Dourado do Palácio Anchieta e foi adquirido pelo Governo do Estado em 1944.
O museu é mantido pela Prefeitura Municipal de Vila Velha, seu acervo conta com pinturas sobre tela cal e madeira, livros, recortes de jornal, documentos, objetos pessoais e mobiliário.